Todos já conhecem as qualidades
do trio Alex, Max e Moisés, tanto tocando seus instrumentos, como
compondo músicas ultra brutais e técnicas com extrema facilidade. Mas o
que mais tem chamado a atenção nos atuais lançamentos da banda é a
capacidade de evoluírem sem perderem as características básicas de seu
som. E dessa vez não é diferente, vez que os músicos aliam técnica e
brutalidade de uma maneira jamais antes vista.
Apesar disso, alguns fãs mais antigos da banda não entendem essa nova fase do KRISIUN,
achando que com a diminuição dos “blast-beats” e da velocidade a banda
acabou perdendo na agressividade e no peso. Mas na verdade ocorreu o
contrário disso: cada vez mais a banda esta mais pesada, brutal e
agressiva, mesmo nos momentos mais cadenciados e climáticos. E mesmo
assim, os blast-beats ainda estão presentes em grande parte do trabalho, embora em menos quantidade do que no início do conjunto.
Além disso, a produção do novo trabalho, novamente capitaneada pelo exímio Andy Classen deixou novamente o som ainda mais na cara do que o disco anterior, o excelente “Southern Storm”, com todos os instrumentos muito bem equalizados e definidos, mas sem perder a sujeira e brutalidade característica da banda.
O disco é todo muito bom, com o padrão KRISIUN
de qualidade, ficando até difícil citar algum destaque, pois todas as
faixas são realmente destruidoras, mas tentem escutar “The Will to
Potency” (mostrando toda a técnica dos músicos, e trazendo diversos
elementos de thrash metal ao som da banda), “The Sword of Orion” (que
conta com a participação do guitarrista Marcello Caminha, e possui
variações bem interessantes) e “Violentia Gladiatore” (mais cadenciada, e
com riffs sensacionais) e não se empolgar com o som da banda. O disco
conta ainda com a participação de João Gordo (RATOS DO PORÃO) na faixa
“Extinção em Massa”, uma das mais extremas do trabalho.
Também merece destaque a excelente arte gráfica do trabalho, que demonstra com perfeição toda a insanidade do som do conjunto.
Com “The Great Execution” o KRISIUN
mostra novamente que quando se trata de death metal, é uma das melhores
(quiça a melhor) bandas da atualidade, e, porque não, de todos os
tempos, sendo um verdadeiro orgulho nacional! E tendo em vista todas as
dificuldades de se ter uma banda de metal no Brasil e de conseguir o
reconhecimento mundial, temos que aplaudir de pé o estágio que o KRISIUN
atingiu, e única e exclusivamente com base no esforço e competência de
seus integrantes. Por isso, meus amigos, comprem o disco e regozijem-se
com um dos melhores lançamentos de 2011.